segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

A ti! A mim! A nós!!!!

Mais um ano pleno de passos para frente, passos para trás, impasses tristezas e alegrias. Mais um ano em que provámos que sabemos crescer os dois, os quatro agora! Mesmo que nem tudo seja fácil, nem tudo seja bonito e amoroso, sabemos olhar-nos nos olhos e ver para lá dos problemas aquilo que realmente interessa! Sabemos apagar o desespero e transformá-lo em vontade de mudar, em vontade de realizar a nossa felicidade!

Por isso não vou fazer balanços do ano que passou, nem inventários do que foi bom ou mau, tudo isso está escrito na nossa pele, lê-se como braille nas rugas que vão surgindo com a idade e que registam a nossa condição de humanos.

Deixo aqui nas palavras de Joe Dassin, um dos favoritos dos meus pais, um brinde, a ti, a mim, a nós e a todos esses milhares de apaixonados, que são como nós!

A toi! A la façon que tu as d'être belle
A la façon que tu as d'être à moi
A tes mots tendres un peu artificiels
Quelquefois
A toi! A la petite fille que tu étais
A celle que tu es encore souvent
A ton passé, à tes regrets
A tes anciens princes charmants
A la vie, à l'amour
A nos nuits, à nos jours
A l'éternel retour de la chance
A l'enfant qui viendra
Qui nous ressemblera
Qui sera à la fois toi et moi
A moi! A la folie dont tu es la raison
A mes colères sans savoir pourquoi
A mes silences et à mes trahisons
Quelquefois
A moi! Au temps que j'ai passé à te chercher
Aux qualités dont tu te moques bien
Aux défauts que je t'ai caché
A mes idées de baladin [...]
A nous, aux souvenirs que nous allons nous faire
A l'avenir et au present surtout
A la sante de cette vielle terre qui s'en fout
A nous! A nos espoirs et a nos illusions
A notre prochain premier rendez-vous
A la sante de ces milliers d'amoureux
Qui sont comme nous [...]

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

A prenda mais linda!

Foi esta! A que nos deu o Samuel feita na escolinha com a ajuda da educadora e pintada pelo xisbunhirgo!

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Uma história complicada, o rescaldo do Natal

Este foi o ano para o Xisbunhirgo primogénito em que o Natal começou a ganhar algum sentido. Entendeu muito bem que era a festa do bebé que é o Menino Jesus e que a Mamã é a Maria e o papá é o José, e que nasceu ao pé do burrinho e da vaquinha, nas palhinhas. Percebeu o presépio todo. Mas depois veio a história do Pai Natal e essa parte é que começou a baralhar um pedacinho as ideias na sua cabecita loura. Surgiu a primeira dúvida (na sequência de, por alguma razão que desconheço, a minha sogra ter inventado de cantar os parabéns ao Pai Natal) - "Mamã, o Pai Natal faz anos hoje?" "Não, filho quem faz anos é o Menino Jesus, porque nasceu neste dia!" "Ah... pois é...!" disse pouco convencido. "E a árvore de Natal, é do Pai Natal?" "... errr... hum... não filho esta é nossa, mas o Pai Natal lá há-de ter a dele!"

Passados alguns minutos o Samuel sai-se com a proverbial pergunta de um milhão de euros "Ó Mãe, de onde veio o Pai Natal? (depois de ter ouvido uma conversa entre o pai e o tio sobre os anúncios de uma conhecida bebida) Veio da coki-cola?" Risota geral!

Ah filho da mãe do Pai Natal que vieste complicar a história toda! Resultado, não é fácil explicar tradições com pouco sentido ao meu filho, ou têm uma origem bem delineada e firmes bases ou esqueçam! Ao puto cheira-lhe logo a esturro! E as prendas sabe perfeitamente quem lhas dá! Vêm com muito amor e carinho dos pais, dos avós, dos tios, dos amigos e é a esses que agradece com um sorriso nos lábios! Daí que o Pai Natal lhe soe assim um pedacinho estranho, não percebe bem qual é o seu papel nesta história toda!

Definitivamente o senhor barbudo da "coki-cola", suposto dono da nossa árvore de natal, não terá pegado muito lá por casa. Sinceramente até prefiro que assim seja, o Natal é bonito por si só, enquanto a história do nascimento de Cristo! Os re-aproveitamentos de lendas semi-pagãs nórdicas por publicitários do século XX só vêm complicar a coisa!

De resto o Natal foi muito bem passado, nas palavras do pai Buno "ficámos todos a nadar em plástico e papel de embrulho" sendo que o plástico eram os brinquedos da Ju e do Samuel. Começámos a abrir as prendas pouco depois de jantar e era já quase meia-noite quando se acabaram os embrulhos! Foi uma excelente opção não aguardar, caso contrário antes das 3 da matina ninguém se deitava! A Ju adormeceu por volta das 21h30 mas acabou por acordar e ainda brincou com as prendas, que entretanto o irmão já tinha aberto por ela!


Oops é verdade, chegaram finalmente as fotos que o Sam tirou na escolinha! "Ora sai uma foto Sr Fotógrafo! Pode assim com este ar de maroto, pode?"

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Festa de Natal da escolinha do Samuel!

Antes da festa, os fãs aguardavam ansiosamente o ínício do espetáculo!

Durante a festa todas as crianças foram estrelas!!!

Depois da festa, o meu pequeno xilofone!


A Julinha, fã número um do xilofone louro mais lindo do mundo, portou-se como uma anjinha bebé durante todo o espectáculo!


Juro que até uma ligeira lagriminha me escorreu assim pelo canto do globo ocular durante a peça... ai que com a idade estou a ficar lamechas!

Feliz Natal a todos!

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quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Ju, a Esquimó!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Ainda a compaixão e o tal "segredo" que nunca o foi!

Compaixão é a verdadeira essência de uma vida espiritual e a prática central daqueles que devotaram suas vidas para alcançar a iluminação. É a raiz das Três Jóias Supremas: Buda, Darma e Sanga.
(...)
O que é exatamente compaixão? Compaixão é uma mente que, com a motivação de apreciar todos os seres vivos, deseja libertá-los do seu sofrimento.

Às vezes, desejamos que alguém se livre do sofrimento por razões egoístas; isso é bastante comum nas relações que se fundamentam principalmente no apego. Se nosso amigo estiver doente ou deprimido, poderemos desejar que se recupere depressa para desfrutarmos novamente da sua companhia; mas esse desejo é basicamente autocentrado, não é verdadeira compaixão. A verdadeira compaixão baseia-se, necessariamente, na motivação de apreciar os outros.

Embora já tenhamos algum grau de compaixão, no momento, ela é bastante parcial e limitada. Quando os nossos familiares e amigos estão a sofrer, facilmente sentímos compaixão por eles, mas é bem mais difícil sentirmos solidariedade por estranhos ou por pessoas que achamos desagradáveis.

Além do mais, sentimos compaixão por aqueles que estão a sofrer dor manifesta, mas não por aqueles que desfrutam de boas condições e menos ainda pelos indivíduos que cometem acções nocivas.

Se realmente quisermos realizar nosso potencial e alcaçar a plena iluminação, temos que aumentar o alcance da nossa compaixão até que ela consiga abranger todos os seres vivos sem exceção, como faria uma mãe amorosa que sente compaixão por todos os seus filhos, independente de estarem a agir bem ou mal.
(...)


in "Transforme a sua vida" por Venerável Geshe Kelsang Gyatso.


O que sai fora da norma aqui é a afirmação que devemos sentir compaixão não apenas por quem está a sofrer, mas mesmo por quem não sofre e tem uma vida boa, ou até mesmo por quem é mau ou pratica más acções. Este sentimento não é um dado adquirido, é um processo. Um processo de aproximação aos outros, não apenas a alguns a mas a todos os outros, o texto faz uma analogia interessante com a maternidade e a nossa capacidade enquanto mães de perdoar e nos compadecermos dos nossos filhos mesmo que eles se portem mal. O acto da compaixão não é apenas benéfico para o receptor da mesma mas é, acima de tudo, vantajoso para o autor.

É através da compaixão que realizamos a nossa felicidade, a nossa paz interior - isto não é segredo para ninguém, quando resolvemos um conflito ou saímos da nossa rotina para ajudar alguém ainda que simplesmente através de um sorriso, experimentamos uma sensação agradável.

Ontem numa conhecida livraria vi passar por mim alguém que levava consigo não um exemplar mas três de um livro muito em voga no momento: "O Segredo" devo confessar que depois de um folhear relativamente pouco atento do livro em questão fiquei com a sensação que aquilo se foca muito na realização material como meio para obtenção de felicidade, e que parte de uma premissa errónea de que as pessoas felizes e realizadas são todas capazes de enriquecer facilmente, ou que a riqueza material seja um objectivo de quem é verdadeiramente feliz. O que é, no mínimo discutível.

A base da tal "lei da atração" e do dito livro - e de uma colectânea (eu contei 4) de livros sobre o livro - é um reaproveitamento de algo comum à maior parte das religiões, um princípio que dita que a quem faz o bem e é bem intecionado, no fundo quem pense coisas positivas e actue segundo esse optimismo mais cedo ou mais tarde acontecem coisas boas (para Judeus, Cristãos e Muçulmanos as coisas boas serão ir para o céu, ou merecer a protecção e ajuda divina; para Budistas será o "karma").

Ora que treta! Afinal o tal segredo nada mais é do que uma doutrina de re-pescagem de algo que a humanidade sabe há milénios, tudo coisas que ao invés de serem segredos foram bradadas aos céus por inúmeros profetas, sábios e filósofos durante todo este tempo! Mas pronto, chamar-lhes "segredo" sempre valeu aos autores da dita re-pescagem uns trocos adicionais.

Mas é exactamente nisto dos trocos que me parece estar a principal falácia do tal "segredo". No fundo o livro pega nos sentimentos hedonistas de satisfação pessoal que são comuns a todo o ser humano e no conceito do "poder da mente e do pensamento positivo" e leva-nos a "dar uma volta". E esta "volta" afasta-nos daquele princípio universal comum também à maior parte das religiões e filosofias antigas que é o da riqueza interior ser muito mais válida e conducente à felidade do que a riqueza material.

O grande senão de livros como o tal "Segredo" é colocar o enfoque na obtenção de riqueza exterior. Quando seria muito melhor que procurássemos a riqueza interior, porque, ao contrário da outra, ela nunca nos decepciona. E é esta, a interior, a única riqueza capaz de nos trazer a paz e a felicidade que almejamos. A riqueza material é, mais vezes do que o que parece, até mesmo um obstáculo ao nosso progresso interior do que um coadjuvante da nossa felicidade.

Eu sei, isto anda muito metafísico por estes lados, perdoem-me.

Quantos aos Xisbitos eles vão lindamente, o Samuel recomeçou a escolinha após o interregno da semana passada em casa da avó. A Jú está a passar uns dias com a madrinha onde pode brincar com a Nina, uma cadelinha "a pilhas" que só quer brincadeira, e receber todos os mimos da madrinha!

E quanto ao tal livro não se ofenda com o que eu disse quem o comprou ou pensa comprar, é apenas a minha humilde opinião e reconhecidamente formada sem sequer ter lido devidamente o objecto da minha crítica. Perdoem-me novamente!

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segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Covardia, Crueldade, Prudência e Compaixão!

in Público.pt

Tribunal da Relação deu razão a despedimento de cozinheiro com HIV



O Tribunal da Relação de Lisboa considerou justificado e legítimo o despedimento de um cozinheiro infectado com HIV que trabalhava na cozinha de um hotel, confirmando decisão semelhante já tomada pelo Tribunal de Trabalho de Lisboa.




Por causa desta notícia pus-me hoje a pensar um pouco nesta questão. Não me tenho por grade entendedora na matéria e a minha experiência pessoal deste género de situações ainda que existente é consideravelmente limitada, no entanto tenho dificuldade em não me pronunciar sobre este assunto.

Hoje em dia a linha entre o que pode ser considerado medo irracional, covardia geral e massificada ou um acto ou acções prudentes e preservantes do bem estar geral é extremamente ténue, e na minha humilde opinião, é espezinhada constantemente.

Num mundo cheio de fantasmas horrendos como o terrorismo, o ódio racial e religioso, o HIV-SIDA, as armas nucleares e químicas, o aquecimento global e as impendentes catástrofes naturais... e tantas outras coisas! Neste mundo assim cravejado de medos somos tantas vezes levados a cometer injustiças e aberrações que têm por exclusiva base o medo irracional que sentimos ao sermos confrontados com estas tristes probabilidades da existência terrena!

Não posso deixar de sentir-me um pouco como alguns dos comentadores da notícia que afirmavam: ainda que ínfima a probabilidade de infecção não sujeitariam a ela os seus filhos.

Mas posso dizer que sei o quão irracional este medo é. Essa probabilidade existe sem dúvida, mas é infinitamente menor do que ser-se atropelado numa passadeira, e não vou impedir os meus filhos de atravessarem a rua numa passadeira, desde que tenham verificado no melhor das suas possibilidades que não há risco previsível em fazê-lo. Mas não haver risco previsível, não significa é claro que ele não exista.

Contudo, no lado oposto a todos estes medos está um valor que espero vir a conseguir incutir nos meus fihos, um valor que deve imperar sobre a natural covardia do ser humano - a COMPAIXÃO!

E o que senti ao ler a notícia deste senhor que perdeu o emprego foi que infelizmente ele perdeu muito mais do que uma profissão ou um ordenado. Ele perdeu a sua humanidade com esta decisão. E, embutidos deste medo irracional, nós - a sociedade - perdemos a capacidade de nos compadecermos dele na sua condição de ser humano e de o respeitar enquanto tal.

Perdeu este senhor o direito à nossa compaixão, que deveria sobrepor-se ao medo irracional de sofrer o mesmo que infelizmente ele sofre, que nos faz tomar uma probabilidade infíma como um risco previsível!

Recordo-me que quando a Ju nasceu havia, horas antes, na mesma sala sido feita uma cesariana a uma mulher portadora de HIV. Que eu tenha sabido disso já foi uma violação da sua privacidade (desnecessária, totalmente desnecessária).

Mas depois, para cúmulo, pude também observar como a pobre mulher (por sinal também de etnia africana) era tratada! Cortava-me por dentro! Fui "informada" pelas auxiliares para ter cuidado no contacto com a referida senhora dado ser a mesma uma "infectada", caridosas almas que me alertaram para esperar pelo próximo elevador para não ficar tão perto dela!

Partíamos ambas numa romaria diária para a sala de neonatologia onde estavam os nossos bebés. Tomei sempre o mesmo elevador e, apesar das advertências, chorei com ela, abracei-a, abrançando de seguida a minha filha. E porque corri eu este risco? Porque naqueles dias para mim ela era apenas uma mãe, cujo filho se encontrava, como a minha, numa incubadora. Ela vivia a incerteza de ter ou não contagiado o bebé, eu vivia a incerteza de saber se poderiam haver sequelas do incidente com o liquido nos pulmões da Ju. Eramos ambas mães, a sua dor era infinitamente superior à minha, mas eu senti-a.

Sentia-a de cada vez que alguém se afastava dela ou do seu bebé, por receio, por covardia, irracional e cruelmente. Voltaria a abraçá-la a enxugar as suas lagrimas e a beijar o seu bebé? Claro que sim! Mesmo que isso significasse um risco para mim e para a minha filha? Claro que sim, sem pestanejar!

Por isso espero que, em face de tudo o que de mau há no mundo, saiba a Humanidade manter sempre acima de todos os receios, tanto os mais infundados como até os menos, as virtudes da compaixão e do amor, que nos deverão tornar corajosos para enfrentar os perigos que nos rodeiam.

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quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Lágrimas Ocultas

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!



Florbela Espanca

Já disse algures e volto a afimar que a felicidade não é a ausência de tristeza, mas sim a presença de esperança. Por isso sim, sou feliz ainda que triste por vezes, por saber que nem tudo o que de bom tenho sempre dura, que às vezes o pó da estrada em que viajamos nos tolda a vista e até do amor que nos movia nos esquecemos.

Que tinha eu nesses tempos de riso solto que agora me falta, nada! Nada me falta, tenho tudo! Mas tanto do que tenho deixei em parte incerta!

E choro o que perdi, mas ainda tenho... o que de mim escondi ou escoderam!

E escondo as lágrimas que não correm, que me lavam alma empoeirada, e que me lembram que por baixo da rotina dos dias e dos meus medos, me bate ainda no peito o meu motor, aquele que me trouxe aonde estou! Que anda empoeirado e tosco, mas sempre comigo o meu Amor.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Manta de blogs!

Às vezes perguntam-me porque tenho tanto trabalho a fazer templates para blogs, sem que (na maior parte dos casos) receba nada em troca!

Eis a resposta: poder olhar para um ecran assim e saber que todas estas pessoas foram de alguma maneira tocadas pelos meu "bonecos", que recorrendo a eles puderam mostrar o seu ego virtual com umas roupinhas mais janotas! Isso para mim, é já pagamento suficiente!

Aqui fica uma pequena colcha de blogs que usam templates meus, há mais... ainda há mais é verdade, mas não cabiam todos, foram sendo abertos sem ordem especial!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Uma borboleta na janela do 6º andar!

Insolitos da natureza numa montanha de betão!

Mais um dia na escolinha!

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Como seria de esperar...

... hoje foi mais complicado ficar na "minha escola" como o Samuel já lhe chama. Chorou e chorou e nem com chucha se calava... mas lá ficou e o choro há-de passar.... Afinal aquilo sempre tem coisas giras e um parque enorme com escorregas e casinhas e brinquedos muito fixes!

Parece-me que o Samuel anda com sentimentos mistos, por um lado até gosta da escolinha, todas as novidades giras, até o almoço ontem correu bem: "o que comeste ao almoço?" perguntei-lhe ontem à noite "esparguete, num prato cor-de-laranja, o prato azul é do João"!

Hoje de manhã "quero ir lavar os dentes!" depois na casa de banho, "com a escova do elefante", "mas a escova do elefante não é de cá de casa", respondi-lhe, "não, é da minha escola!" respondeu com convicção!

Por outro lado custa-lhe saber que o pai e a mãe não vão lá estar, nem a irmã, nem a avó a quem está acostumado, mas é como dizem: "quem não sente não é filho de boa gente!" E o Samuel sente, é claro que sente, que algo está a mudar na sua vida. É natural que esteja amedrontado, mas irá ultrapassar esse medo, que afinal todos nós (até mesmo adultos) sentímos quando algo muda na nossa vida, mesmo até sabendo que mudamos para melhor!

E vamos adiante, um dia de cada vez.
Terça-feira, 6 Novembro 2007

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Update ao primeiro dia na escolinha!

Reunião até às 12h30, saio a correr ainda antes do fim da dita, tiro o carro do parque e percorro os 22 kms até ao infantário a uma média de 160 kms/h.

A meio do caminho ligam-me. Não atendo vou depressa demais para pegar no telemóvel...Acabo de estacionar em frente ao infantário o telemóvel toca novamente, era o Bruno, tinham ligado do infantário... depois do almoço o Samuel adormeceu e estava a fazer a sesta com os outros meninos, se eu não podia passar por volta das três a apanhá-lo para o deixar dormir descansado....

Tarde demais, já lá estava! Voltei para trás, portanto sem Samuel. às 16h00 vão lá buscá-lo a Téta e o Pedro, vamos ver como se porta, e mais importante a ainda como será amanhã?

Segunda-feira, 5 Novembro 2007

Quero ir pintar

Conhecem aquelas histórias de birras e choros, lágrimas a escorrer por faces pequeninas e grandes, e maquilhagem esborratada e coiso e tal...?


Então ia eu preparada para tudo, para o momento da despedida quando deixaria hoje o Samuel na escolinha... Para tudo... menos para um "Adeus mãe!" deslavado, um bejinho a correr e depois, para a educadora, "Quero ir pintar!" E toca a virar-me costas!


Assim é que eu gosto amor, de te ver empenhado em aproveitar a escolinha ao máximo, logo no primeiro dia!!! "Então afinal aqui não se pinta? Não se brinca? Que treta é esta de estar aqui a olhar para a mãe!"


Hoje à hora do almoço vou lá buscá-lo, não convém deixá-lo logo de rompante o dia todo, e também porque estou em pulgas para saber como ele se portou!


O meu rapazinho grande!




(Segunda-feira, 5 Novembro 2007)

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

A importância de questionar!


"Tende confiança não no mestre, mas no ensinamento.

Tende confiança não no ensinamento, mas no espírito das palavras.

Tende confiança não na teoria, mas na experiência.

Não acrediteis em algo simplesmente porque vós ouvistes.

Não acrediteis nas tradições simplesmente porque elas têm sido mantidas de geração para geração.

Não acrediteis em algo simplesmente porque foi falado e comentado por muitos.

Não acrediteis em algo simplesmente porque está escrito em livros sagrados; não acrediteis no que imaginais, pensando que um Deus vos inspirou.

Não acrediteis em algo meramente baseado na autoridade de seus mestres e anciãos.

Mas após contemplação e reflexão, quando vos aperceberdes que algo é conforme ao que é razoável e leva ao que é bom e benéfico tanto para vós quanto para os outros, então aceitai-o e fazei disto a base de vossa vida."

Gautama Buddha - Kalama Sutra

Este é um dos textos mais impressionantes do Budismo, digo que é impressionante pois não é muito comum que um mestre, profeta ou sábio venha dizer abertamente: "não acreditem nisto simplesmente porque sou eu quem o diz, ou até mesmo porque há muitos que também concordam comigo!"

No fundo o que está por detrás disto é a demanda da verdade. E se a verdade é apenas percepção (a nossa) então faz mais sentido que nos ocupemos a questionarmo-nos sobre o que é a nossa percepção. Para através da reflexão acharmos algo que nos faça sentido interiomente apesar de ser ou não a doutrina de muitos ou de alguns de monta.

Daí que tenham ao longo dos tempos sido tão perniciosos os auto-proclamados arautos da verdade, da religão, da política e da justiça. Que nos indicam algo como sendo intrinsecamente bom sem que nos darem sequer a possibilidade, liberdade e por vezes até o conhecimento necessário para questionarmos os seus postulados. Exemplos disso há muitos, uns mais subtis que outros.

É tão difícil hoje em dia escapar às influências externas, aos pré-conceitos que desde tenra infância nos são incutidos, mas o ser difícil não o torna menos essencial para que consigamos perceber o que realmente importante para nós. Com que objectivo respiramos, caminhamos e trabalhamos neste mundo. E para isso é preciso que percamos toda a bagagem que vimos trazendo atrás deste crianças, e isso é na prática impossível. Assim sendo, não podendo escapar-lhes, o melhor que temos a fazer é questionar incessantemente essas influências, questionar incessantemente os nossos motivos, pois eles são tantas vezes resultantes delas.

"A vida sem reflexão não merece ser vivida." dizia Sócrates, não merece, nem é verdadeiramente vivida, digo eu! Porque afinal se não pensarmos por nós próprios estaremos apenas a viver por procuração, a viver a nossa vida pelas reflexões que outros tiveram, ou afirmaram ter tido por nós.

Por tudo isto adoro insistência com que o meu filho me questiona todas as afirmações e ordens, como todas as crianças em geral o fazem tão bem nesta idade. Tenho sempre a sensação de que está entre o hedonismo e a irreverência e a interiorização daquilo que do que eu lhe digo que lhe interessa verdadeiramente acatar por saber que é bom para ele, por conseguir finalmente fazer algum sentido para ele o que tenho ensinar-lhe.

É complicado, eu sei, gerir toda esta aparente vontade de contrariar tudo e todos, e que são mais as vezes em que ele não encontra o sentido e simplemente toma uma atitude porque lhe apetece, sem pensar nisso. Mas o que eu acho verdadeiramente gratificante são as vezes em que ele o faz por ter chegado a uma conclusão, gratificantes por serem tão raras!

Mas acho que é importante as crianças sentirem que nos podem questionar e contrariar. É agora que começam a afirmar-se como individuos e se lhes negamos todas as oportunidades de o fazer ou se revoltam ou, por medo ou perguiça, aceitam sem questionar tudo o que lhes dizemos. Nenhum destes casos é o ideal.

O que gosto de ver acontecer no meu filho é a sua verdade a vir ao de cima, ainda que por breves momentos. A expressão nos seus olhos quando se apercebe por exemplo que consegue magoar a irmã e chatear-me a mim de uma assentada só, mas chega também à conclusão que faz muito mais sentido não o fazer e volta atrás, mesmo que não peça desculpa. Adoro as poucas vezes que o vejo parar antes de começar a portar-se mal, ou pouco depois de o ter feito. Há tantas perguntas naquela cabecita loura, tantas a que eu não posso sequer responder, porque a resposta tem de vir de lá, o díficil é lembrar-me que para que ele a encontre terá por vezes de fazer algo que não devia e sofrer as consequências que daí vierem.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Habemus hominem!

Habemus hominem!

Eu tenho sinceramente de me deixar de postar em latim! Para além de ter um trabalhão a achar a declinação correcta, olhai que treta mais pseudo-intelectualóide e, para empregar uma expressão de alguém lá do norte que ficará anónima... isto é mas é coisa de cagão! Perdoai-me!

Quero no entanto assinalar com a devida pompa e circunstância (daí a escolha do Latim) que lá casa já temos homem! Homem "gande", de cuecas e tudo! Que já vai à rua e ao "páque" sem fralda e sem acidentes!

E, correndo o risco de cair no total pseudo-intelectualóidismo agudo, a frase que me vem agora à cabeça é: omnia vincit amor (tudo vence o amor!) É certo que ainda dei uso à esfregona uma vez no sábado de manhã, mas estes acidentes acontecem, é preciso é não desmoralizar! Mas os progressos são constantes e a segurança do xisbunhirgo cada vez maior. Até já dormiu várias vezes a sesta sem fralda e sem percalços! Mantendo a atitude positiva a vitória já cá canta, agora é só consolidar a matéria!

Xisbunhirgos!

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domingo, 2 de setembro de 2007

Finalmente o site


Finalmente tenho o esquema montado para um site onde pretendo colocar as minhas histórinhas para crianças.

O título do site é o "Menino Lua e outras Histórias", bem... eu avisei que não sabia o que lhe havia de chamar :wink

Para já apenas está disponível uma histórinha, tenho ainda 2 para carregar. :blush

Aceitam-se e agradecem-se sugestões, críticas e similares! :)

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

A casa azul (continuação)

(continuação...)

Um dia a Vida brincáva alegremente correndo à volta da casa azul. Enquanto o Sonho conversava com o seu amigo ouriço caixeiro, que invariavelmente se queixava do ruído das andorinhas e de como elas eram desarrumadas.

Quando à tardinha a D. Felicidade os chamou para lanchar, Sonho procurou a irmã, mas não a encontrou. "Pára de brincar às escondidas Vida que a mãe já chamou para o lanche!" Mas a Vida não ouvia o irmão, estava bem longe numa clareira onde flores brancas e amarelas dançavam com o vento. Ela dançava com elas e ria, sem se lembrar que era já tarde.

Já triste e preocupado Sonho procurou a mãe e contou-lhe que não encontráva a irmã. "Não andará longe!" reconfortou-o a D. Felicidade, pouco segura das suas palavras. "Vamos procurá-la os dois!"

O Sol passou pela porta da casa azul, como fazia todos os dias a caminho do seu descanso, mas não encontrou ninguém a quem dizer "Boa Noite!". Na clareira Vida começava a sentir-se cansada e com fome e achou que eram horas de voltar para casa. Mas estava a ficar escuro e não tinha a certeza de qual o caminho a tomar para voltar.

Já tinha nascido a Lua quando o Sr. Amor chegou a casa. Não viu a mulher nem as crianças mas pensou que fosse um jogo, como os muitos que costumavam fazer, e procurou atrás da mesa e das cadeiras, silenciosamente. Atrás dos cortinados e debaixo das camas, sempre à espera que saltasse alguém a rir bem alto!

D. Felicidade olhou para o Sonho já cansado e pensou que seria melhor voltar a casa e buscar uma lanterna para achar a filha. Voltava para casa quando encontrou o ouriço que, ao saber que Vida se tinha perdido, se prontificou a ajudar. "Eu encontro-a num instante, sei onde ela gosta de ir passear, de certeza andará lá por perto."

Vida não conseguia achar o caminho de volta para casa, chorava baixinho com algum frio e fome. Porque se tinha ela afastado e estado ausente durante tanto tempo? Subitamente ouviu um ruído na erva alta perto de uma árvore. Cheia de medo escondeu-se atrás de uma moita. "Vida?" Chamava uma voz aguda, "Estás aí?" Reconheceu a voz, era o ouriço. "Sim Sr. Ouriço, estou aqui! Perdi-me e não encontro o caminho de volta para casa, tenho saudades do meu irmão e dos meus pais!" "Vem comigo" disse o ouriço, sorrindo. "Chegaremos num instante a tua casa e poderás comer e aquecer-te!"

Ao chegar a casa, Vida viu o seu pai que se preparáva para ir procurá-la com uma lanterna e uma manta. Abraçou-o de imediato pedindo mil desculpas. Todos se abraçaram e se congratularam por estarem novamente juntos.

E assim foi nessa noite que a Vida aprendeu que, por vezes, sem nos apercebermos nos afastamos do Sonho, da Felicidade e do Amor. Mas não devemos esquecer que os amigos, os verdadeiros amigos, sabem sempre levar-nos de volta a casa para junto deles!

por Raquel Henriques
pOOka @ PortalJunior

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segunda-feira, 20 de agosto de 2007

O Menino-Lua

O Menino-Lua

Era uma vez há muitos anos, quando eu ainda era criança e tinha olhos e ouvidos de criança, encontrei certa noite perdido o Menino-Lua! Tinha entrado pela janela do meu quarto, de olhos cinzentos e cabelo cor-de-prata, estava com frio e assustado.

"Quem és tu?" Perguntei-lhe, não menos assustada. "Que fazes aqui? Vai-te embora ou eu chamo o meu pai!" E o menino chorava, baixinho. "Perdi-me! Vou todas as noites tomar banho ao mar, e falar com as minhas amigas estrelas. As estrelas do mar, porque as outras não gostam de mim, dizem-me que não as deixo brilhar, que as apago! Não querem estar perto de mim..." E soluçava "Mas, hoje não encontrei o mar, nem as estrelas minhas amigas, nem os peixes!"

"O mar é aqui perto menino, não tenhas medo!" Disse-lhe. "Eu ensino-te o caminho, se me levares contigo a falar com as estrelas e os peixes! Mas não podemos fazer barulho senão acordamos os meus pais, está bem?"

Limpando as lágrimas de prata o menino respondeu-me "Mas tu és uma criança, filha dos homens! Não falas a língua das estrelas do mar, nem a dos peixes! Não sabes voar nos raios de lua! Não te posso levar comigo, desculpa!"

"Tens razão, não sei nada disso" Respondi. "Mas porque não me ensinas tu todas essas coisas? Em troca ensino-te como chegar ao mar. Conheço bem o caminho, vou lá de dia com os meus pais, e tomamos banho nas ondas e brincamos com a areia da praia!"

"Para que queres saber tudo isso, se amanhã de manhã não te irás lembrar nem de uma palavra? Perderíamos tempo e não te serviria de nada!" E deixando cair tristemente a sua cabeça de prata acrescentou: "Os filhos dos homens tem a memória curta, não dura mais do que umas horas, o Sol fá-los esquecer a luz da Lua e apaga-lhes dos olhos os sonhos que a noite lhes traz!"

"Antes de conhecer as estrelas do mar, costumava visitar uma menina de cabelos dourados, como os teus, e olhos verdes da cor da relva ao Sol! Brincávamos e ríamos muito os dois! Ensinei-a a voar nos raios de luar e jogavamos às escondidas nas nuvens!"

"Vês!" Interrompi. "Afinal sempre podemos brincar os dois como brincávas com essa menina! Vamos, ensina-me a voar nos raios de luar e vamos brincar na praia os dois!"

"Mas... tu não percebes! A menina eras tu! Todas as noites que brincámos: esqueceste-as! Sempre que te vinha ver tinha de ensinar-te tudo novamente! Nunca te lembrávas de mim! Por mais que prometesses que na noite seguinte seria diferente, era sempre igual. Quando eu chegáva assustávas-te, depois vias-me triste e querias ajudar-me! E eu contava-te os segredos da Lua e ensinava-te a apanhar os raios de luar..."

"Oh, desculpa-me!" Respondi, aproximando-me dele. Percebi a tristeza nos seus olhos, chorei também por não me lembrar, por nunca me ter lembrado. "Não fiz de propósito, não tenho culpa de me esquecer... Porque não me ensinas esta noite também? Podíamos brincar como das outras vezes!"

"Hoje não tenho vontade de brincar!" Disse o Menino-Lua. "Sei que não tens culpa, mas sei também que o dia virá em que não só não te lembrarás de mim como não me verás quando entrar no teu quarto! Não ouvirás a minha voz nem poderás aprender a brincar comigo! Não quero cá vir nesse dia, por isso não vou voltar. Prefiro conversar com as estrelas do mar e os peixes, eles não podem voar comigo mas nunca se esquecem de mim."

Soluçando abracei-me ao Menino. "Não quero esquecer-me de ti! És meu amigo! Não quero deixar de ver os teus cabelos de prata e ouvir a tua voz a sussurar no meu ouvido!"

"Eu sei!" Respondeu o Menino-Lua "Mas nada o pode impedir. Não fiques triste, não vais lembrar-te de nada! Não vais sentir saudades minhas! E eu voltarei para o mar e brincarei com as estrelas e os peixes, e um dia virei ver-te quase ao raiar da manhã. Virei ver também outra menina a quem estarás a embalar e que, enquanto dormir nos teus braços, brincará comigo nas núvens e conversaremos os dois com os peixes e as estrelas do mar. Até que um dia ela não consiga mais ver-me e me deixe triste e perdido de novo!"

por Raquel Henriques
Xisbunhirgos

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A casa azul

A Casa Azul

No cimo de um monte verde, rodeada pelo cheiro das laranjeiras em flor e pelos sons das folhas das árvores a dançar ao vento havia uma linda casinha azul.

Tinha uma porta branca com uma janela, e uma maçaneta dourada que brilhava ao Sol quando, à tardinha, a grande estrela se ia deitar e por lá passava para dizer "Boa Noite!" Tinha duas janelas de cada lado da porta, com portadas de madeira branca que se abriam à noite deixando entrar o luar.

As telhas eram da cor das laranjas do pomar e cantavam ao som da chuva quando vinha a Primavera, felizes porque as núvens as tinham deixado limpinhas para que fizessem nos beirais seus ninhos as andorinhas!

Debaixo de um sobreiro ao lado da casa morava um ouriço caixeiro. Era tímido e gostava pouco das andorinhas barulhentas que esvoaçavam incessantemente em busca de alimento para os seus filhotes. Nos dias quentes de Verão o ouriço dormitava preguiçoso à sombra fresca da árvore e sonhava com ventos mais frescos e com o partir das andorinhas ruidosas!

Nas traseiras havia um poço de água fresca e um estendal com roupa branca a esvoaçar, meninos a jogar às escondidas entre os lençois e um canteiro de flores amarelas e brancas onde, por vezes, poisavam abelhas gulosas à procura de doce para o seu mel.

Lá dentro moravam a D. Felicidade, de longos cabelos aos caracóis e olhos castanhos doces. O seu marido, o Sr. Amor, que à noitinha tocava viola à lareira para fazer dançar o lume. E os meninos que dormiam em duas camas de madeira, uma verde e a outra branca. A verde era dum rapaz que se chamava Sonho e a branca de uma menina, chamada Vida. Eram gémeos, brincavam sempre em conjunto, nunca se separavam, até à noite sonhavam um com o outro.

por Raquel Henriques
Xisbunhirgos

sábado, 11 de agosto de 2007

As nossas férias!



Fomos a Miranda do Corvo, onde ficámos na Estalagem Quinta do Viso, que recomendo vivamente. A Vila é lindíssima, e fica bem perto de Conímbriga, Condeixa e Coimbra onde pudemos visitar o "Putugal dos Macaninos" Samuel dixit!

Depois dos passeios, das chanfanas (estufado de carne de cabra, nham nham!) e de banhocas na piscina onde o Samuel finalmente se habituou a estar sem receios e onde já começa a dar aos pézitos agarrado ainda é claro ás minhas mãos.

No caminho de volta ainda deu para passarmos por São Pedro de Moel a ver o mar e a praia.

Chegádos a casa, aprontámos novamente as toalhas e apetrechos de praia e raptámos a avó Lina para uma rapidinha até à Lagoa de Santo André.

No dia seguinte, e porque a praia se impunha novamente fomos para a linda serra da Arrábida. Para a praia de Galapos que embora seja muito porreira e me traga excelentes recordações de quando era míuda, é um sítio complicado para se ir com bebés de cólo. Infelizmente caí e fiz do-dói ao tentar encontrar um caminho (estupida e desnecessariamente, porque existem umas escadas bem mais faceis de transitar) pelo matagal da falésia para a praia. Ainda fomos à praia, descendo as bemditas escadas, mesmo com os meus joelhos esfolados, que eu não sou moça de desistir, mas isto ficou feio e lamento informar que, pelo menos no meu futuro mais imediato não constam agendamentos de novas idas até à praia.

Vejam aqui as restantes fotos das fabulosas férias de 2007, as nossas primeiras férias a 4!

Novo vídeo!

Juju na Lagoa de Sto. André

Segunda-feira acabam-se as férias... :( Depois só voltamos ao descanso em Outubro, para festejar o primeiro aniversário da caçulinha!

A bola é minha!

Juju na praia!

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Outros versos

Tortura

Tirar dentro do peito a Emoção,
A lúcida verdade, o Sentimento!
-- E ser, depois de vir do coração,
Um punhado de cinza esparso ao vento!...

Sonhar um verso de alto pensamento,
E puro como um ritmo de oração!
-- E ser, depois de vir do coração,
O pó, o nada, o sonho dum momento...

São assim ocos, rudes, os meus versos:
Rimas perdidas, vendavais dispersos,
Com que eu iludo os outros, com que minto!

Quem me dera encontrar o verso puro,
O verso altivo e forte, estranho e duro,
Que dissesse, a chorar, isto que sinto!!

Florbela Espanca

O poema do topo...

Fanatismo

Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida.
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão do meu viver
Pois que tu és já toda a minha vida!
...

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
«Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio e Fim!...»

Florbela Espanca

A minha Jú lindona!



NOTA: Este é um blog de testes para os meus templates, não escrevo aqui muitas vezes.

Os meus outros Blogs / Sitezecos estão aí ao lado nos links!

Obrigada pela vista!

pOOka

quarta-feira, 28 de março de 2007

1º post - Testes

Testes